segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O fim das manifestações manchadas por banho de SANGUE e violência militar

Falta de Visão Politica dos nossos Governantes. Porquê? Infelizmente os nossos governantes têm problemas em fazer leitura dos tempos:

1. O processo da descolonização começou na Região do Maghreb e contaminou o continente todo e o processo foi irreversível.

2. As manifestações contra as condições sociais, a perpetração no poder, começaram na mesma região.

3. Angola aliou-se a Laurent Gbagbo numa altura em que a comunidade internacional criticava/opunha-se a aquele regime e mesmo assim a Elite Angolana avançou sozinha e disparou nos seus próprios pés.

4. Mesmo nos momentos derradeiros do regime do coronel Moamer Kadhaf ainda assim recebemos o seu emissário, mesmo consciente das críticas de repressão que o seu regime recebia da comunidade internacional.

5. PIOR DE TUDO, É QUE MESMO CONSCIENTE QUE O REGIME DE EL ABIDINE BEN ALI-TUNISIA; PRESIDENTE DEPOSTO DA ARGELIA; HOSNI MUBARACK-EGIPTO E CORONEL MOAMER KADHAF-LIBIA, SUCUMBIRAM PORQUE NÃO QUISERAM OUVIR A VOZ DO POVO CONTRA O CUSTO DE VIDA E SOBRETUDO PORQUE USARAM-SE DA FORÇA PARA CONTER A EXIGÊNCIA DOS ELEITORES.

6. INFELIZMENTE O GOVERNO ANGOLANO USA A MESMA FORMA DE CONTER E CONTROLAR GRUPO DE CIDADÃOS DESCONTENTES COM A ACTUAL SITUAÇÃO DO PAÍS, O MESMO QUE A SÍRIA ESTA FAZENDO.

7. Para mim, esta mas que provado que a instauração da Democracia através do voto faliu, porque me parece que os eleitos depois de ascenderem o poder tem duas maneiras de se perpetuar ali:
a) Uma, adulterando as constituições a seu favor e assim permanecem o tempo que acharem;
b) Outra pela viciação de todo o processo eleitoral
E como com estes dois factores os eleitores não podem lutar encontrar uma terceira maneira de retirar o poder daqueles que usurpam, apesar pessoalmente condenar este meio, mas quando a outra parte se recusa ao dialogo nada mas que este meio alternativo.

8. O IMPORTANTE É ENTENDER QUE ESTA A SE INSTAURAR UMA NOVA ORDEM DEMOCRÁTICA, PARA OS GOVERNOS AUTORITÁRIOS, REPRESSIVOS E INFELIZMENTE O NOSSO PAÍS CAMINHA PARA ESTA DIRECÇÃO, DEPOIS DO ACONTECEU NO ULTIMO SÁBADO.

9. Não é prendendo, torturando ou mesmo até matando que se contem uma reclamação, que é um direito expresso na Constituição Angolana (até nem sei porque que perdemos tanto tempo discutindo lei, se não verdade há um défice na sua implementação), mas sim através do dialogo e quero fazer fé que esta particularidade especial que nos nossos políticos fazem questão de mencionar sempre “SOMOS ESPECIAIS” que nos torne mesmo especial, diferenciado de outros regimes totalitários, militaristas, violentos e repreensivos.

10. Os elementos da Força da Ordem, que acatam sem qualquer reflexão, as ordens emanadas por um grupo de pessoas, são necessários que reflictam no seguinte:
a)     Os principais arquitectos das grandes guerras, genocídios SÃO OS POLITICOS, mas na hora da verdade, tudo recai ao simples peão que executa a ordem. Um exemplo muito simples a nossa guerra civil que vivemos em Angola. Irmãos e Irmãs foram-se digladiando-se durante anos, porque assim os políticos o queriam, mas hoje na hora da reconciliação os políticos assim um pacto e os cidadãos encontram-se desavindo, não reconciliados e pior de tudo, toda a culpa é atribuída aos jogadores (AS FORÇAS ARMADAS), porquanto que limitavam-se apenas a executar a ordem do POLITICOS. Outro porém, e o mais importante de todos é não esquecer que no meio daquela multidão toda pode estar um irmão(a), primo(a), tio(a) e qualquer outro membro da família que não entenderá sua atitudes porque tudo que ele está clamando por MELHORES CONDIÇÕES PARA O PAÍS, SEU FILHO, ETC.

11. Por mais que haja violência contra manifestantes, por mais que matem e exterminem os mobilizadores deste processo irreversível (é o mais importante devo ter em consideração, que o processo é irreversível, caso não se atenda as solicitações dos eleitores), porque a cada um morto nascerá quatro.
                                                                          Ortegas de Lobo Solitário

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