sábado, 2 de outubro de 2010

Demolições de casas/Houses demolitions

Informações fornecidas pelo Padre Pio Wacussanga:
1. Desde 29 de Setembro de 2010, o Governo provincial da Huila procedeu a demolição de 1557 casas numeradas.
1.1 Entretanto, existem casas com anexos alugados, sendo que estes não estão numerados. Isto significa que uma casa numerada, em vez de equivaler a uma família, pode equivaler a duas;

2. Houve casas que foram demolidas sem estarem numeradas. Em suma, o número é muito superior às estatísticas acima apresentadas;

3. As demolições foram realizadas nos bairros Lucrécia, Laureanos e Patrice Lumumba, ao longo do das duas margens do rio Mukufi. A razão das demolições é que as casas foram construidas em zonas de risco de enchentes do rio. Na verdade, conhecendo bem o rio, o mesmo nunca colocou a vida de habitantes em perigo. Nos corredores e bastidores, corre uma versão segftundo a qual o Governo provincial da Huíla em
parceria com actores privados, pretende construir uma zona residencial e imobiliária muito luxuosa ao longo do rio Mukufi, com um canal de água, jardins e edifícios dos dois lados;

4. O próprio processo de demolições não foi devidamente notificado aos habitantes locais, de modo que muitas pessoas não sabiam a data certa das demolições. Muitas pessoas foram apanhada desprevenidas e os tractores passaram por cima das chapas de zinco, deixando os habitangtes sem chapas para cobertura das novas casas;

5. Estão a acompanhar as demolições a Polícia de Ordem Pública, a Policia Militar e o Serviços de Informação (Polícia Secreta). em muitos casos, estas forças usam de brutalidade para com os habitantes
e com os curiosos e transeuntes;

6. O local para onde estão a ser forçosamente levadas as pessoas cujas casas foram demolidas não tem absolutamente nada de infra-estruturas.

É um sítio descampado, colocando em risco a saúde das pessoas, especialmente das crianças, dos doentes e idosos. Existe por lá uma clínica móvel mas sem medicamentos suficientes. As pessoas estão a tirar água para consumo em poços artesanais, imprópria para consumo, tendo já provocado doenças às pessoas recém chegadas;

7. As crianças e os adultos em idade escolar e que não puderam ficar na cidade com outros parentes têm na prática perderam o ano lectivo, pois o local fica entre 13 a 15 quilómetros da cidade do Lubango;

8. Faltam agora por serem demolidos os dois grandes bairros do Kamazingo e Comercial. Estes bairros não estão em nenhuma zona de risco. Fala-se de serem zonas onde podem surgir projectos imobiliários
de alto valor monetário;

Em suma, a situação é extremamente crítica.

A grande questão è: como agora impedir que os restantes bairros sejam demolidos, ou como parar com as demolições na cidade do Lubango?

Aguardamos por sugestões.


Dear friends,
I would like to given you the following informations pertaining houses demolitions in Lubango city, Huila, Angola:

1. Since 29 September  2010, the Provincial Government of Huila came to demolish 1557 houses previously registered;
1.1 Nevertheless, there were those houses with additional rooms form renting, which means, in some cases, instead one family, two were affected by demolitions;

2. There were some houses which were not registered and in last minutes, the administration decided to tear them down. In short, the figures are probably much higher than those above presented;

3.The demolitions took place in Lucrécia, Laureanos and Patrice Lumumba alongside Mukufi bedside river. The reason behind demolition is officially the fact that the river posed a risk to the residents.
However, knowing very wel the situation, the river has never caused any problem to thje residentes. In the corridors of the government and among private sector representatives, there is a rumour that theere is a kind or partnership between government officers and private interests in  building a luxury residential and luxury
infra-structures alongside of the river, with gardens and water flowing fro the river;

4. The process of demolitions was not properly notified to the residents, having many people who didn´t exactly the date for demolitions. Many people were taken by surprise and didn´t hav enough time to save their iron sheets, so the tractor broken them, living the resientes with nothing to cover their houses, days before rain season starts; 

5. The Publica Police, Mimitary Police and the Inteligence Services are following the demolitions, but some times resort to brutality against residents and by-passers;

6. The place prepared to accomodate the victims of house demolitions has nothing in terms of bgasic infra-structures. It is an empty area, posing a risk to children, sick people and aged. There is one mobile clinic but without medecins enough rfor so many health problems. People are drinking from traditional water weelos, which makes this water innapropriate for human consumption to the recently arrived;

7. Many childre who could not stay in the city with relatives, have to go to Tchimukwa without school. It means practically the children have lost their academic year; The place is around 16 quilometres from Lubango main city;

8. There are two other townships on the list to be demolished. Theses townships are located in place where there are no risksm where some very expensive projects are exprected to be built;

In short, the situation is critical.
So, the question is: how to prevent the destruction of other townships in Lubango city? Perhaps we have to change the strategies.

We are waiting for suggestions.
Source: Fr.Wacussanga

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