1. Substituições no executivo
Mawete João Batista aparenta ter ficado melindrado ante o cenário, tido por certo, do seu próximo afastamento do cargo de governador de Cabinda, para o qual estará agora destinada Francisca Espírito Santo, governadora de Luanda. Há c um mês Mawete J Batista pediu formalmente 15 de licença. Mas no termo do prazo não só não se apresentou como também não deu conta do seu paradeiro. Na esteira de recentes diligências da embaixada de Angola em Pretória, destinadas a apurar a veracidade de suposições segundo as quais o mesmo estaria em tratamento na África do Sul, concluiu-se que estava, antes, no Brasil.
2. Tinha a favor da sua nomeação para o cargo de governador do BNA-Banco Nacional de Angola, a reputação da sua competência como gestor bancário. Estudou economia na Inglaterra e evidenciou-se sempre acima dos demais no exercício da função. Contra, tinha a sua juventude e o seu "status" partidário, resumido à sua adesão há menos de dois anos ao MPLA, sendo certo que também provém de uma família no passado ligada/identificada com a FNLA. As reservas iniciais à sua nomeação foram esvaziadas por efeito de atestações abonatórias da sua pessoa – em geral. Também terá contado o facto de ser sobrinho do Gen José Massano, do SIMI-Serviço de Inteligência Militar. Apresentou uma condição para aceitar o cargo de governador do BNA: a constituição de uma nova equipa para o governo da instituição – artifício aparentemente também destinado a afastar Ricardo Abreu, vice-governador, do qual foi condiscípulo na Ingltarerra mas do qual se afastou. Ricardo Abreu era director de área do BAI quando o novo governador foi nomeado presidente da CE do banco; optou então por sair, acompanhando Mário Palhares, que fez dele vice-presidente do BNI, cargo em que se manteve até passar a ser vice-governador do BNA.
Source: AM
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